terça-feira, 16 de abril de 2013

HQs que ensinam biologia

Por Jéssica Oliveira



Olá pessoal, na última postagem (que já faz um bom tempo), eu havia falado sobre os poderes de alguns super-herois e alguns "super-humanos" e dei algumas dicas (na verdade eu pesquisei em blogs) sobre como o professor pode trazer esse universo que encanta os adolescentes para as aulas de biologia, utilizando os desenhos, vídeos e filmes.
Hoje, procurando algum tema bem legal pra postar, encontrei uma reportagem sobre estudantes de Biologia da UFSCar, em Sorocaba, que produzem (criam e ilustram) HQs como uma forma de repassar o conhecimento de biologia de maneira divertida e acessível. É um método diferente que os professores do ensino básico tem para utilizar nas aulas e que serve para atrair a atenção daqueles alunos que não "curtem" a matéria ou não tem afinidade pela mesma.

Fonte: http://porvir.org/wp-content/uploads/2013/01/GiBIO-Zine-UFSCAR.jpg

Bom, tudo começou com uma atividade despretensiosa de um professor: procurar, recortar, xerocar e colar imagens e textos para que os alunos pudessem aprender conceitos de biologia. As atividades se tornaram o primeiro passo para o surgimento da GIBIOzine, produzida semestralmente pelos alunos da UFSCar. Aos poucos a publicação foi ganhando proporções maiores, se expandiu para além dos muros da faculdade e passou a contar com a colaboração de alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas locais e de colaboradores de todo o país.
A produção dos HQs surgiu, principalmente, como uma maneira divertida de divulgar os conteúdos científicos praticados pelos estudantes, tirando o rigor conceitual acadêmico, para apresentá-los com uma linguagem de fácil compreensão.
Os universitários tem liberdade total de criar histórias, que muitas vezes são contadas em forma de fábulas, como na edição Giobiografias - árvore giobiológica. Na publicaçã, os insetos ganharam voz para contar a biografia de cientistas famosos, professores e biólogos brasileiros.


Os primeiros exemplares nasceram em 2007 e foram avançando editorialmente ao longo dos anos. Hoje, a revista é produzida com a colaboração de universitários de diferentes regiões do país, como São João Del Rey e Uberlândia, em Minas Gerais, Goiânia e Rio de Janeiro.




Hoje, as edições são online, com a mais avançada tecnologia. A tecnologia tem permitido, inclusive, a edição de edições tridimensionais. 

Para quem quiser ler a reportagem completa, aí vai o link do site da uol, onde foi publicado:


Para quem tiver interesse em conhecer ou ler alguma ou todas as GIBIOzines, aí também vai o link do site da UFSCar onde as edições estão disponibilizadas:




Provavelmente esse será o meu último post, pois a quantidade de postagens solicitadas pela disciplina já foi alcançado, no entanto farei o possível para de vez em quando atualizar o blog com mais postagens interessantes sobre o universo da biologia e também a sua ligação com o ensino. Abraços a todos!!!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Biologia dos super-heróis

Por Jéssica Oliveira
Graduanda em Ciências Biológicas



O universo dos quadrinho e dos filme sempre despertou curiosidade. Neles, os pesquisadores não realizam testes, não perdem tempo com estatísticas e mesmo assim jamais erram. O que aconteceria se os super-heróis existissem tal como sua origem é relatada? Como eles se relacionariam com as leis da física e o conhecimento biológico do qual o ser humano dispõe? Afinal de que maneira é possível conciliar o conhecimento científico com as informações contidas nas histórias dos super-heróis e elaboradas criativamente pelos seus idealizadores?
Usando os poderes dos super-heróis e utilizando trechos de filmes é possível relacionar cada um desses poderes com temas biológicos. 



O filme The Wolfman (de um dos diretores de Capitão América) aborda a história de um homem, que é mordido por um lobo, e vira lobisomem nas noites de lua cheia. Através do filme, pode-se falar sobre uma doença rara chamada hipertricose, também conhecida com a "síndrome do lobisomem".





Com o Flash, personagem da DC Comics, pode-se explorar o tema "metabolismo". Se ele precisa correr a uma velocidade de até 40000 km/s, o que aconteceria com suas proteínas? e a sua temperatura? como ele teria que alimentar? Um trecho da série The Big Bang Theory também pode ser utilizada.




Com a personagem Tempestade, da Marvel Comics, é possível falar sobre alterações climáticas, já que um de seus poderes é o de influenciar uma região quente e seca, por exemplo um deserto, em uma região fria e úmida como uma floresta temperada.





Um dos super poderes do Magneto é a manipulação do campo eletromagnético terrestre e a capacidade de atrair objetos metálicos. Assim como no quadrinho, um garoto na Croácia também possui essa capacidade (foto). Com isso, pode ser discutido se alterações eletromagnéticas, mesmo que pequenas, poderiam causar possíveis efeitos biológicos.












A história de Peter Parker, o garoto que é picado por uma aranha que sofreu mutação, pode ser utilizada também para abordar temas como evolução e biotecnologia.









O Wolverine, outro personagem da Marvel, possui alto poder de regeneração. Pode-se falar sobre a mitose e, em seguida, discutir se esse fenômeno é possível na vida real.






Por fim, pode-se falar sobre os "super-humanos", que são pessoas que possuem capacidades sobre-humanas, realizam atividades e suportam situações surpreendentes. Um dos exemplos citados acima foi o corredor Usain Bolt, Wim Hof, o qual é capaz de ficar muito tempo em baixíssimas temperaturas e por isso é chamado de "homem do gelo", e o nadador Michael Phelps.

Esses são apenas alguns exemplos, dentre tantos das HQ's, que podem ser utilizados no ensino de biologia e até mesmo em outras áreas. É importante deixar claro aos alunos se esses super poderes podem existir na vida real ou não. Uma reportagem sobre o assunto foi publicada também na Revista Superinteressante. Confira: http://super.abril.com.br/cultura/fantastica-ciencia-super-herois-historia-quadrinhos-440878.shtml

Confira também uma explicação científica sobre a ciência dos super-heróis.
O livro de Lois e Robert faz um tour pelo conhecimento científico de diversas áreas - astronomia, física, biologia - e concilia com as informações contidas nas histórias dos super-heróis. Os autores lembram aos leitores que os super-heróis são um produto da literatura, resultado de condições históricas específicas: a falta de entretenimento numa grande crise econômica, o sucesso das pulps (revistas baratas de ficção) e da publicação encadernada das tiras em quadrinhos dominicais. O livro segue fornecendo um equilíbrio entre o impossível e o possível na ciência dos super-heróis.